Câmara realiza Sessão Solene para entrega do Diploma de Honra ao Mérito Cultural “ADONIAS GARCIA” 2025
Cerimônia homenageará personalidades da cultura barretense
A Câmara Municipal de Barretos realizará na noite de quarta-feira (10/dezembro), às 19h, Sessão Solene de entrega do Diploma de Honra ao Mérito Cultural “ADONIAS GARCIA” 2025, que homenageará várias personalidades da cultura barretense.
O Diploma de Honra ao Mérito Cultural "ADONIAS GARCIA" foi criado em 2025, através da Lei Municipal nº 7.227, de autoria do Vereador Itamar Alves dos Santos e tem como objetivo o reconhecimento a pessoas físicas, grupos culturais, instituições, associações ou empresas que se destacaram na promoção, preservação, valorização ou investimento direto na cultura local, que mantenham viva a identidade cultural barretense.
A escolha dos agraciados é feita pela Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa, em conjunto com um vereador integrante da Comissão Permanente de Cultura e Assistência Social da Câmara Municipal que queira provocar a honraria.
A escolha da denominação da lei homenageia o artista barretense Adonias Garcia, dramaturgo, diretor teatral, pesquisador e fundador da Cia Rio Circular, cuja vida e obra se tornaram referência na arte local, conectando a cultura popular, o teatro de pesquisa e as raízes sertanejas presentes na identidade da cidade. Seu legado simboliza resistência criativa, formação cultural e compromisso com a memória artística de Barretos.
Os homenageados de 2025, constante do Projeto de Decreto Legislativo nº 44/2025, são: André Borges Monteiro, Armando Garcia, Barbara Alves dos Passos Craveiro, Cacilda de Souza, Deborah Thomazelli Silva Ali – “Guiné Gaia Ali”, Douglas Leonardo Correia de Souza, Elisete Greve Tedesco, Fabiano Salviano Silveira, Fernanda Martins Perpetuo de Lima Vazquez, Gisele Becaro Silva, Jeronimo Luiz Muzeti, João Monteiro de Barros Neto, Karla de Oliveira Armani Medeiros, Marcelo Leandro Vieira Lourenço, Marcelo Lourenço Benevides, Marlene Rosa de Oliveira, Michela Rita da Silva, Michelen Karina da Costa Silva, Ronaldo Antonio Marques e Yara Barrão Borges Martins.
Autoridades do Município, familiares e amigos dos homenageados e cidadãos interessados estão convidados a prestigiar a solenidade.
A solenidade terá transmissão ao vivo e reprises pela TV Câmara - canal 31.3, Facebook, Youtube e Instagram.
FOTOS DOS HOMENAGEADOS ABAIXO
ASSISTA DO VÍDEO COMPLETO DA SESSÃO (disponível após o término da sessão)
USE O LEGIS VÍDEO PARA CORTAR TRECHOS DA SESSÃO (disponível no dia 11/12, a partir das 10h)
QUEM FOI ADONIAS GARCIA?
Adonias Garcia era filho do seu Anésio Garcia e da dona Nazaré, pessoas simples marcadas pela cultura sertaneja. Seu Anésio trazia no sorriso as histórias que contava, da sua comitiva no estradão, do prato farto da queima do alho, dos bois brabos, dos estalos do chicote, de carregar a boiada por esse Brasil afora. Sua vida, experienciando a cultura sertaneja, trouxe aos filhos um legado tocado no berrante do seu filho Alceu, na culinária sertaneja do seu filho Álvaro, na presença forte de Armando, o filho mais velho, que fomenta no seu dia a dia toda a cultura deixada pelo pai, uma herança não só dada a ele, mas também aos seus outros irmãos: Anésia, Anísia, Adolfo, Alice, Aparecida e Aldo.
A essência que cercou sua vida esteve presente em todos os seus espetáculos. Como diretor teatral, idealizou a CIA RIO CIRCULAR, criou e dirigiu mais de trinta espetáculos, na sua maioria como autor e diretor. Sua obra é grandiosa, sua metodologia cênica era única, e a sua presença no cenário cultural era quase um sacerdócio. Ele segurou firme a vida de artista, sustentou o argumento de que a cultura precisa de políticas públicas e lutou pela formação do primeiro conselho de cultura do município. Ao lado de grandes artistas da cidade, como Euri Silva, Merenda, Ricardo Marques e Eunice Espíndola, abriram o caminho no teatro que percorremos hoje.
A presença de Adonias Garcia na cultura barretense não é viés, é costura. É o alinhavo forte da raiz caipira, com o tocar do berrante, dos aplausos no palco, com o nariz de palhaço, das pinceladas em telas, com o som da viola caipira, tudo isso bordado com a dança bonita do seu menino Samuca. Seu ajuntando de retalhos, se fez colcha e nos mostrou que em qualquer canto é possível ter arte, e que em qualquer "ARTE " se impregna "CULTURA", e é com a cultura que a gente aprende a costurar a vida.
